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                    REFLEXOS


A lua branca, qual translúcida imagem,
Reflete o brilho de seu amado astro...
E vai deixando o amor como um rastro,
Cintilando nas águas qual doce miragem.

E se desvanece, é parafina,  visagem...
A se derreter, é imagem de alabastro,
A se desprender: vela de seu mastro,
Animal em fuga: atônito, selvagem...

Reflete a lua cheia, todo o esplendor,
Míngua aos poucos sem se lamentar,
Nova no Céu a se esconder do mar.

Mas aos poucos cresce com langor,
Alta rebrilha; feminina a clarear,
Espelhando a doçura; ali é seu lugar!



soneto livre




                    




 
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 06/11/2014
Reeditado em 06/11/2014
Código do texto: T5025542
Classificação de conteúdo: seguro
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