Cárcere de mim
Quero beber da magia da música que ouço,
Deixar fluir o sangue que corre no corpo,
Esvair as derradeiras dores do espírito,
Auspiciosa e clara ave de asas partidas.
Quero decair nas lacunas conscientes,
Isolar as rachaduras frias que doem,
Distrair com o reflexo de árdua imagem,
Buscar atitude louca e mal engendrada.
Quero ter brusca e pálida insensatez,
Olhos de cristais como quando pequenina,
Dizer, inesperadamente, doce não,
Quero perceber não pecados esquecidos,
Mas fraquezas, resquícios de idiossincrasias,
Imperfeições caducas, cárcere de mim.
Quero beber da magia da música que ouço,
Deixar fluir o sangue que corre no corpo,
Esvair as derradeiras dores do espírito,
Auspiciosa e clara ave de asas partidas.
Quero decair nas lacunas conscientes,
Isolar as rachaduras frias que doem,
Distrair com o reflexo de árdua imagem,
Buscar atitude louca e mal engendrada.
Quero ter brusca e pálida insensatez,
Olhos de cristais como quando pequenina,
Dizer, inesperadamente, doce não,
Quero perceber não pecados esquecidos,
Mas fraquezas, resquícios de idiossincrasias,
Imperfeições caducas, cárcere de mim.