OUTRA NOITE MEDONHA
O coração bate apressado no peito,
Uma dor queima, o pranto desce,
A solidão invade o meu leito
E Deus parece não ouvir a minha prece.
Sozinho n’outra noite tão medonha
Debilitado pela insônia e a bebida,
As lágrimas encharcam minha fronha
E as trevas invadem minha vida.
E eu só espero a chegada d’outro dia
Trazendo luz e um pouco de esperança
A essa alma infeliz, escura e fria.
Mas é em vão a minha longa e triste espera,
Não amanhece, a treva não se cansa,
Tudo é igual, em minha vida nada altera.