Vírus do amor

O vírus do amor bem que eu ser queria

Passaria minha vida às pessoas infectar

No coração delas iria me hospedar

Pelas veias sanguíneas me replicaria

Um parasita aliado da humanidade seria

Transmitiria com prazer a doença do amor

Faria sempre alegremente esse divino favor

A paz no mundo minha espécie empestaria

Sendo um vírus forte, resistente, mutante

Mudando o meu DNA a todo instante

A descoberta da cura conseguiria impedir

Exterminando crimes, guerras, desilusão

Convertendo o orgulho, egoísmo, a desolação

Faria o mundo feliz, Deus apenas sorrir

Criaria uma peste impossível de curar

O humano uma vez por mim infectado

Viveria o tempo todo contaminado

O próximo ia verdadeiramente amar

Meu antídoto jamais seria fabricado

Nada de remédios, tampouco vacinas

Frustraria para o bem nossa medicina

Médicos ficariam felizes, desorientados

Começaria o ataque do amor no nordeste

Depois entraria nas regiões norte, centro-oeste

Por último pelo sudeste e norte avançaria

Finalmente, levaria o planeta por inteiro a mudar

Em pouco tempo todos os homens iriam se amar

Com a febre amorosa eu causaria uma pandemia