Soneto da compaixão
Soneto da compaixão
Ó céus! em sangria agonizar o arrebol
A atmosfera de repente prolifica em grumo
A paisagem urbana se faz mero paiol
granadas e projéteis corrente insumo
cada logradouro um playground militar
sobre os quais decompoem-se cadáveres
uma flâmula ignota promete se içar
Ao partir a ordem dos facistas lideres
as cercanias miríades de escombros
Crianças inocentes, de mãos
dadas e mortas refletem o caos
A ditador canta o triunfo da guerra
O ônus de tudo sobre civis ombros
Da gente que habitara inimiga terra
29.10.2014