À PROCURA
Ando sem rumo e não temo o medo
Dia ou noite, enfrento tempestade,
Vento e frio encaro logo cedo,
Aonde eu chego me chamam majestade.
Na minha estrada eu gasto a sola
Ao alvorecer durmo no penedo
O trovão na floresta nela assola
Faíscas no céu me deixam mais ledo.
Quanta loucura oh! Minha Senhora
Na minha jornada eu sei que te encontro
Não conto os dias, tampouco às horas.
Ah! Como és bela oh! Minha ternura
Espectro de luz, no olho o confronto,
Inda que distante oh! Minha doçura!