SÚCUBUS
Arde em meu peito essa doçura com a qual me feres
Na boca teu serpentino riso, nas tuas mão o abraço
E não há no desatino nenhum mais nobre compasso
Que tua forma no leito, que o meu prazer em tu me teres
Com tuas formas de mulher-homem, com a luxúria dos demônios
Que na pureza do marrom da tua pele, perco todos os sentidos
Os sentimentos que brotam de mim, não se vão com os hormônios
Pois te puseste em mim, meu coração e alma estão fendidos.
Tal qual uma louca da rua, eu grito por ti, anseio e arfo
Engulo o que me serves sem me valer de garfo,
E não me vingo quando me escapas.
Tu me dominas Amor, e tu me sangras com tuas doces garras
Enquanto bates as asas pra longe, refrescas a dor de minhas amarras
É de sangue e saliva, o suor com o qual me empapas