SECURA

SECURA

Joyce Sameitat

O sol ardente me é um tropeço;

Vira minha cabeça do avesso...

E faz evaporar toda a ilusão;

Como se primavera fosse verão...

Até o amor que costuma esquentar;

Coloquei em frente ao ventilador...

É como que pássaro a debandar;

Tão fustigado é pelo quente vapor...

Como fornalha está só a assolar;

Derretendo névoas que não vingam...

São gotas aladas que peregrinam;

Não conseguindo ao pensamento nublar...

Dentro de mim vozes fortes gritam;

Não queremos ver a alma assim a secar...

SP - 23/10/2014

Soneto surrealista.

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 28/10/2014
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