A CEGUEIRA DO AMOR
O tempo soberano e o airoso amor
São paraísos de águas de esperança,
Que mais me dão à alma a segurança,
Como um raio de sol encantador!
E no olhar teu sereno e sedutor,
O corpo meu se perde na lembrança
De um beijo de sabor que nunca cansa,
Porque tem o perfume duma flor.
E perdido por ti, de amor, eu ando,
E já recordo o teu ciúme quando
Me amavas sem nenhuma restrição...
Pois o desejo tinha o louco fogo,
Onde sempre eu entrava no teu jogo,
Já que eu cego te amava de paixão.
Ângelo Augusto