01 - A COTOVIA DO EGITO
Tu, ó pequena ave, que és inconfundível
Com o teu mavioso canto comovente,
E que anuncias o dia claro que aí vem,
Lograste proteger de forma inexcedível
Das brutas iras do monarca repelente
Aquela humilde e santa Família de Belém.
Para o Egito, p´ los caminhos sem ruídos,
Foste seguindo com teus voos vigilantes
Aqueles seres humanos tão desprotegidos
Disfarçando as pégadas mais denunciantes…
Tu, qual sagrada ave da bela natureza,
Deste uma prova insufismável de nobreza.
Ó doce cotovia, sempre buliçosa,
De coração aberto e alma indefesa,
Entre todas as aves és a mais generosa!
Frassino Machado
In CANÇÃO DA TERRA