Pura chama

Adoro o teu jeitinho campesino,
os teus olhares, dentro os meus imersos,
a prometer-me o amor cantado em versos,
louvado pelos deuses, dom divino.
 
O coração – andejo e peregrino –
trilhou caminhos tantos e diversos,
buscando, além dos astros, universos,
o doce e terno amor, que é meu destino.
 
Teus olhos – dois ribeiros espumosos –
repletos de peixinhos, em cardumes,
são cheios de promessas murmurantes.
 
Os teus olhares tantos, tão dengosos,
que exalam, dos desejos, os perfumes,
arrancam-me suspiros suplicantes.
 
Brasília, 24 de Outubro de 2014.

 Absinto e Mel, pg. 38
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 24/10/2014
Reeditado em 05/08/2020
Código do texto: T5010352
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