Soneto da franca resignação
A sombra cativa tanto oculta-me a existência
Carcaça fraca nada mais sou que um flagelo
Ao mundo caduco e alheio a mim peço clemência
A desgraça à espreita: destruir-me é seu anelo
O mundo - Ah se fosse como quintal da infância
Quão íntimo,caloroso e adequado à inocência
O sol da vida irradiava e eu me sentia deveras forte
Mas hoje a sombra inexorável me enseja a morte
Oh incansável mundo a dar-me fragoroso desdém
Mas creio de teus confins hei capitular ,sim...
Nos vendavais d e transtornos que logo vem...
Resignado irei num sono perpétuo,enfim
Ainda que a cinzas e pó eu sucumba
A sombra funesta ultrajará-me a tumba
23.10.2014