Voltar
Voltar é reviver os sonhos idos,
sentir, do tempo, o seu passar ligeiro,
é recordar sentindo o gosto e o cheiro
de terra dos caminhos percorridos.
É reviver, com todos os sentidos,
o abraço de um amigo verdadeiro,
do grande amor – quiçá o derradeiro –
reconhecer os pérfidos, fingidos...
Voltar é refazer caminhos feitos
consolidando, dentro em nós, saudades
de tudo o que foi bom, valeu a pena.
E ao repisar caminhos mais estreitos,
seguir sem carregar as vanidades,
dizer adeus, partir, sair de cena.
Brasília, 23 de Outubro de 2014.
Absinto e Mel, página 92
Sonetos selecionados, pg. 123
Voltar é reviver os sonhos idos,
sentir, do tempo, o seu passar ligeiro,
é recordar sentindo o gosto e o cheiro
de terra dos caminhos percorridos.
É reviver, com todos os sentidos,
o abraço de um amigo verdadeiro,
do grande amor – quiçá o derradeiro –
reconhecer os pérfidos, fingidos...
Voltar é refazer caminhos feitos
consolidando, dentro em nós, saudades
de tudo o que foi bom, valeu a pena.
E ao repisar caminhos mais estreitos,
seguir sem carregar as vanidades,
dizer adeus, partir, sair de cena.
Brasília, 23 de Outubro de 2014.
Absinto e Mel, página 92
Sonetos selecionados, pg. 123