SEM HIPÓTESE

Se vivo estou, é como não esteja,

Porque sinto-me morto pelo azar

Que na vida me tira o puro ar

Da esperança que a minha alma deseja.

Já que é na podridão que a morte beija

Os meus cansaços da alma sem um lar,

E por isso ela tende a me acabar

Com tudo o que de bom assim me seja!

A morte está nos dias enfadonhos,

E acaba assim com todos os meus sonhos,

Mesmo a lutar com a mente poderosa...

Mas mais poder a morte ostenta em mim,

Que por mais que a alma lute até ao fim,

Ela vive a morrer de esperançosa.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 22/10/2014
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