Os cais do coração

Os cais do coração saudades guardam,

Que a mente bem as sabe e conhece,

Os ventos da lembrança nunca tardam,

E a vida solitária ao porto desce.

As ondas não são fogo, ainda que ardam,

No peito saudosista, que entristece,

O barco da esperança elas retardam,

Na bruma do olhar desaparece.

Quem dera essa saudade embora fosse,

E a vida então trouxesse, com vigor,

Ao peito a alegria, que é tão doce,

Não mais ao coração viesse a dor.

Persiste um sentimento agridoce,

Ao damos o nome de amor.

Maurício Apolinário
Enviado por Maurício Apolinário em 20/10/2014
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