TEATRO SOTURNO
Anarquia se instaura no teatro
Atores aficcionados por um antro
Uns aos outros ultrajam-se em cada cena
Pois compram-nos a vida o mecena
As cortinas se abrem ao sinistro
No palco nuvens de enxofre em registro
Atores kamikhazes de suja linhagem
Confabulam a derradeira passagem
Gozos d e realismo na plateia
em balburdia sádica d e assembleia
Votam a morte que mais impressiona
Quando as máscaras de carrasco
Logo caem...nota-se o asco pela vida
O terror quão visceral vem à tona