Soneto ao amor impoluto...

Dê-me não os teus risos apenas,

Nem tua macia mão quando formos,

Aos árcades bosques e pormos,

Um naco d’amor em cantilenas.

Dê-me a fria brisa d’outono,

Os vales em nossa Íris perdida,

Os ósculos de um dia inteiro de vida,

E o amor pro nosso caminho ser dono.

Dê-me tão-somente isso Janeth,

Pois tudo no mais não o quero,

Nem glória, nem honra ou confete,

Apenas o sonhar desse amor que venero,

O muito? Que tua rósea boca vete,

Que o veto seja impoluto: Sincero!

Silva Neto
Enviado por Silva Neto em 25/05/2007
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