Soneto ao teu sono...
Ao ver-te deleitosa recolhida,
Meu coração quase à visiva,
Põe-se, de amor tão nobre diva,
E contempla tua face bipartida.
No labirinto infinito do labelo,
Beliscoso teu, mergulho amante!
O porvir laureoso vislumbrante,
É o dilúculo, manso e belo.
Que cobre meu ser enamorado,
Pelo amor osculado matutino,
A mais bela das mais belas; fêmea,
É mais cheirosa que gardênia,
Que colho do teu jardim-menino.
E planto no teu sono contemplado.