Soneto ao Poeta!
Sabes que é assim: Essa mania
Vaga errante pelos teus neurônios
Colhendo versos lá dos teus demônios
Fingindo-se séria, mesmo que tu rias.
Vai às entranhas da tua agonia
Pra ver a cor dos olhos teus, brilhantes,
Molhando a tua face alguns instantes...
Mas tens por ela tanta simpatia!
Mil formas os teus dizeres figurantes,
Que pisam por caminhos, certos, errantes
Num misto de doeres e alegrias.
Te queixas que isto é fato consumado
Mas, de ti, basta bem pouco rabiscado
Pra dares forma ao que se intitula: Poesia.
Josérobertopalácio