Soneto Psicodélico
Nesta diáspora plena dos meus vícios
Me incorporo louco no destino quando
Pelas estradas percebo precipícios
E pra fugir desses precipícios ando.
Alçarei meu voo sob os teus auspícios,
Sórdidos deleites goza-se em meu bando,
Bocas malfazejas pedem meu suplício
E me grasnam corvos gritos do nefando.
Pétalas se ocultam sob a neve pálida,
Palavras a vácuo na corrente cálida
Fazem-me pousar na superfície...Lépido.
Às lufadas sopram diáfanos ventos
Que, de tão imprecisos, solfejam tormentos
Pra afogar meus sonhos no riacho trépido!