Hipnos
Já trago dentro do peito o esquecimento
Das tristes horas dessa infinda dor
Não sei se foste-me esse tormento
Ou o meu inescrupuloso ardor
Teimo em não mais remexer no tempo
Esvaziar todo o meu coração carente
Mas sinto que são fortes os ventos
A retorcer-me em palpitos frementes
Dou-te até a minha vida se preciso for
Ateio-me ao próprio fogo em labaredas
Mas deixe-me esquecê-lo, meu amor
E por não tê-lo é não mais sabê-lo
É ter as asas nesse firmamento
Evitá-lo por fim... é não trazê-lo