Hipnos

Já trago dentro do peito o esquecimento

Das tristes horas dessa infinda dor

Não sei se foste-me esse tormento

Ou o meu inescrupuloso ardor

Teimo em não mais remexer no tempo

Esvaziar todo o meu coração carente

Mas sinto que são fortes os ventos

A retorcer-me em palpitos frementes

Dou-te até a minha vida se preciso for

Ateio-me ao próprio fogo em labaredas

Mas deixe-me esquecê-lo, meu amor

E por não tê-lo é não mais sabê-lo

É ter as asas nesse firmamento

Evitá-lo por fim... é não trazê-lo

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 13/10/2014
Reeditado em 13/10/2014
Código do texto: T4997910
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