Injusto Embargo

Injusto Embargo

(Soneto)

Suplico que a borracha que me apaga,

Seja firmada pela mão apática,

Do que antes pela mão atroz… selvática;

Que para essa eu tenha em mim triaga!

Que seja o Amor, marasmo, a minha saga,

A dor de alguém não ter… cruel asmática.

Do que antes a pancada matemática,

Que sem misericórdia vem e alaga.

É meu desejo, ser de Deus encargo…

Ser minha a decisão do meu doer,

Por mais que a duração me traga o amargo.

Com justeza não fito esse poder,

De alguém fazer à vida de outro embargo,

Achando-se divino e sumo ser!

André Rodrigues 13/10/2014

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 13/10/2014
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