REMINISCÊNCIA
A saudade sempre vem à tardinha
Abraçar-me levemente, beijar-me o rosto,
Como se fosse minha fada madrinha;
Afastando muito antes do sol posto.
À saudade não sou nem pobre, nem coitadinha.
Cheia de mágoas, escrava eterna do desgosto,
Afasta-me do bem-estar que a mim vinha,
Mostrar-me o amor de Deus com muito gosto.
Quero conhecer o mistério da perfeição
Onde a vida impera na sua emoção
De nos ensinar a viver o dia a dia,
Sem preocuparmos com o amanhã,
Se é dia, se é tarde ou de manhã,
Olhar sempre para o céu dizer: sorria.
DIONÉA FRAGOSO