Outrora

Outrora bastava-te ser o teu vício

Punha-me a achar o meu esteio

Dava-me a aragem de ser o viço

E não mais que de repente, vejo-o enleio

Entreguei-o ao meu coração despedaçado

Enverguei-me aos pés de Nosso Senhor

E não mais te ver como eras no passado

Fez-me desacreditar no teor desse amor

E se um dia me tomaste de forma tesa

É que jamais tive outro homem igual

Foste a minha fome posta na mesa

E de toda a minha frincha dada num ritual

Caçavas-me como tua apetitosa presa

E agora há um tempo dentro do invernal

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 12/10/2014
Reeditado em 16/10/2014
Código do texto: T4996446
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