Outrora
Outrora bastava-te ser o teu vício
Punha-me a achar o meu esteio
Dava-me a aragem de ser o viço
E não mais que de repente, vejo-o enleio
Entreguei-o ao meu coração despedaçado
Enverguei-me aos pés de Nosso Senhor
E não mais te ver como eras no passado
Fez-me desacreditar no teor desse amor
E se um dia me tomaste de forma tesa
É que jamais tive outro homem igual
Foste a minha fome posta na mesa
E de toda a minha frincha dada num ritual
Caçavas-me como tua apetitosa presa
E agora há um tempo dentro do invernal