Desilusão amorosa
DESILUSÃO AMOROSA
Carlos JotaPê Figueiredo
Ela chegou bem de mansinho e disse
que precisava contar-me um segredo,
mas que tinha vergonha e tinha medo
de que eu julgasse que fosse sandice.
Prendeu a minha mão dentro da dela
e minha boca selou com um beijo,
deixando-me ardendo de desejo
e de vontade de entregar-me a ela.
Foi tão inusitado e repentino
o ocorrido, que eu, feito menino,
nem parecia ter 16 anos!
Tola paixão, foi esse meu começo!...
Passei a dar-lhe amor, carinho, apreço,
e era traído por baixo dos panos!