ANALISANDO "VANITAS" - Pieter Claesz
Uma caveira à mesa ri pela metade
Ao lado dela uma pena descansava
Com sua pele branca, a ponta apontava
A um tinteiro aberto na imobilidade...
Que fez da pena suja em sua extremidade
Após ter feito o ponto que finalizava
O último poema dela que falava
Do fim da vida na terrena vaidade...
Atrás do riso um braço, estendido traz
Um descarnado osso com a mão aberta
Em uma oferta faz, ao "deus" sem despedida...
No livro sobre a mesa, amarelecidas
As folhas dos poemas com a vida incerta
Vazio castiçal... O co(r)po tomba e jaz...
Imagem Google: http://theautodidactintheattic.com/wp-content/uploads/2012/10/Vanitas-002.jpg
Autor: André Pinheiro
09/10/2014