Argonauta (2)

Eu conheci, do amor, os sorvedouros,
os turbilhões, abismos, precipícios,
e dos desejos, todos os suplícios,
perdi e achei, também, alguns tesouros.
 
E assim amei demais, desde os inícios,
amores sem finais, imorredouros,
sofri, chorei, porém colhi seus louros,
algumas prendas, tantos benefícios.
 
No mar do amor, com seus milhões de abismos,
eu defrontei tufões e grandes sismos,
carrego a força do sobrevivente.
 
Sou argonauta e sigo firme e forte,
não temo a dor do amor, de sua morte,
enfrento os vendavais... E sigo em frente.
 
Brasília, 08 de Outubro de 2014.
Absinto e Mel, página 90
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 08/10/2014
Reeditado em 27/08/2020
Código do texto: T4992089
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