LUSCO -FUSCO DA CIDADANIA
Já põe-se o sol sob o crepúsculo indeciso
No que é legítimo: ir e vir com precisão...
Ir no horizonte de contorno impreciso
Poder voltar, sempre a brilhar, qual cidadão.
Para vir sol já é mister ser alvorada
A iluminar o trocadilho de "poder"
Afugentar a estrela mal intencionada
Sempre a furtar o seu direito de astro-rei!
Para ir sol além da noite à madrugada...
Já é mister recuperar o brilho seu!
Que enegrecido já afugenta a passarada
Ser nova estrela engrandecida de apogeu.
Pelo seu céu, no ir e vir desta invernada
É lusco -fusco que entristece o verso meu.