Rasgada
E nos retalhos desse meu corpo - sem o gozo -
De não sentir mais o indelével e etéreo
Bem antes de um céu repleto de aves em coro
E de dizer adeus aos tantos ventos aéreos
E que me importa se eu não mais o tiveres ?
Já que rasgaste-me por dentro e por fora
Meus meios meus vãos... talhos afora
Há horas em que a raiva me invade - vês -?
Não deixo marcas na tua pele e nas tuas partes
Só a involuntária parte aonde sequei-te ....
Na minha língua molhada - onde pequei -
E se flagelo-me desgovernada - odeio-me -
Não tenho abrigo, não tenho morada... nada
Refaço meu caminho e me rasgo atada
(pensando na tua faca bem amolada...)