RESIGNAÇÃO
Não quero mais lutar com a saudade;
Mil vezes digo que não quero mais!
Prefiro suportá-la e, na verdade,
Às vezes, ela até que bem me faz;
Às vezes, ela me traz a suavidade;
Às vezes, ela dói e dói demais;
É boa e é má em igualdade;
É minha companheira pertinaz...
Porém, seja do jeito que ela for,
Sempre me faz lembrar um grande amor,
Trazendo à tona o dom da inspiração.
E arrancá-la de mim não há um jeito,
Sem arrancar com ela, do meu peito,
O meu estraçalhado coração...
(São Paulo, 07/10/2014)