Ainda ontem
Sou a fêmea que nasceu para o meu macho
Entreguei-me na minha felicidade exposta
Aos olhos ferozes de quem realmente gosta
De ser a fêmea daquele que seria o seu facho
Luz que norteou-me na amplitude
(As tuas pernas ao longo das minhas...)
fazendo-me tua, sempre a tua rima
E logo depois me deixas amiúde
E logo eu, carente do teu desejo
Querendo-te mais do que nunca
Abrindo-me segura e já sem o pejo
Arqueando-me de encontro ao meu homem
Revelando-te a fêmea que o envolveu
E agora ainda sente a amargura de um ontem