Equilibrista

No meio fio da corda bamba, eu te equilibro!

Dentro de mim onde tu brilhas, como um sol

tomo-te ainda neste incêndio em que me ardes,

tu, que continuas sendo o meu calor de vida……

Tu és música de flauta , tom suave de carícia,

absorvo-te esponja, que te suga e te retém

colado a um beijo que te sangra em meus desejos

e me arranca da morte onde clama minha sorte…

Sinto-te fogo em meu templo doce de luxúria,

onde tu habitas e brilhas tal diamante lapidado,

ofuscando para sempre a lucidez deste pecado…

Já me tirastes tantas vezes o prumo do meu chão,

já me jogastes tantas vezes para o fundo do abismo!

Mas intenso, em faíscas de sol ,ainda me queimas…

NEIDE VILLAR
Enviado por NEIDE VILLAR em 06/10/2014
Reeditado em 25/11/2014
Código do texto: T4988713
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