Equilibrista
No meio fio da corda bamba, eu te equilibro!
Dentro de mim onde tu brilhas, como um sol
tomo-te ainda neste incêndio em que me ardes,
tu, que continuas sendo o meu calor de vida……
Tu és música de flauta , tom suave de carícia,
absorvo-te esponja, que te suga e te retém
colado a um beijo que te sangra em meus desejos
e me arranca da morte onde clama minha sorte…
Sinto-te fogo em meu templo doce de luxúria,
onde tu habitas e brilhas tal diamante lapidado,
ofuscando para sempre a lucidez deste pecado…
Já me tirastes tantas vezes o prumo do meu chão,
já me jogastes tantas vezes para o fundo do abismo!
Mas intenso, em faíscas de sol ,ainda me queimas…