A MORTE DO AMOR...

Não velei aquela lágrima contida,

A desfilar sobre a pele tão revel,

Morrer igual a uma flor escondida,

Poesia antes de chegar ao papel.

Enterrei em mim palavras tão frias,

Na boca sabor de sal ao invés de mel,

Vi morrer meus versos antes euforia,

Já nem sei se puro inferno ou céu.

Com o olhar a fechar em fonte que cria,

Vê-los morrer como jamais poderia,

Em meu rosto a noite cair como véu.

Para depois vento varrer folhas vadias,

Num restar de luar que no chão irradia,

Sentindo, agora, apenas o gosto de fel.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 05/10/2014
Código do texto: T4988471
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