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À MODA ANTIGA [530]
 


À moda antiga, às vezes, vou ao risco,
porém na mesma moda me moderno.
Suplício, de doer? Vestir meu terno,
que dentro dele já me sinto um cisco.
 

Sem pretensão de já virar Francisco,
aos bichos quero ter um bem eterno,
e ainda a todos tanto mais fraterno
e menos bravo do que foi Corisco.
 

À moda antiga, passo sem dinheiro,
posso beber, cantar e, seresteiro,
virar a perna, ir pro beleléu.
 

Se der na telha, para ter abrigo,
porei no coco o teto mais antigo
– assumo que usarei o meu chapéu.

 

Fort., 05/10/2014.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 05/10/2014
Reeditado em 05/10/2014
Código do texto: T4987993
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