ENSAIO

Toda manhã eu tento um verso

Olho o papel, rumino o ar

E nem sequer eu vou rimar

Ao meu silêncio eu confesso...

Pego emprestado ao universo

Eu me aproprio de um mar

No tempo eu passo a remar

As vezes eu até disperso...

Existe um medo lá no fundo

Que faz parar ou se mover

A vida toda neste mundo...

Assim eu sigo a escrever

E rogo: estenda os segundos

da vida, e assim, o meu viver...

Autor: André Pinheiro

05/10/2014