Eternamente prestes a sorrir


As catacumbas são da paz o ser...
Em vão vivemos... Vejo os mortos... Digo
Que o cemitério livra do castigo
Horripilante visto no viver.

Angústia e náusea a carne traz consigo,
‘Pesar de haver também certo prazer...
Mas dopamina não transborda... Um quê
De fel se mostra em tudo o que persigo.

Felicidade é mito por aqui...
Resta a esperança desesperançada,
Eternamente prestes a sorrir...

Eis a verdade dada, desnudada:
Viver consiste apenas em fingir
Que vale a pena o que não vale nada.
Firmínio dos Hades
Enviado por Firmínio dos Hades em 03/10/2014
Reeditado em 10/06/2017
Código do texto: T4985927
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