Tocada na ferida

Quisera ser tocada ainda na ferida

Pelas tuas mãos de homem maduro

E ainda choro na tua imensa partida

Querendo sentir esse teu todo duro

Não me deixes sofrer nesse mundo, amor

Sem as tuas carícias e ao pé da tua boca

Não me deixes padecer nesse torpor

Ainda que me suba essa tara tão louca

Ter-te novamente seria a minha fissura

Beber-te na tua foz novamente e senti-lo

A minha agonia é descobrir essa tal cura

Desse meu estremecer ainda dolorido

A minha vontade exacerbada e crescente

Seria o ardente desse teu corpo no meu ventre (?)

NOTA: (O poeta J R (Campinas - SP) confrade desse Recanto, me confidenciou atenciosamente via e-mail que, os meus sonetos são na verdade poesias. E de fato, para se fazer um soneto é difícil. Precisa de métrica e sinceramente eu não sei. Mas esses "sonetos" continuarão nessa categoria porque simplesmente amo. A forma é linda! Então os ledores já sabem que, na verdade, os sonetos que tentei fazer (que pretensão rs) são poesias, viu? Eu gosto quando as pessoas me corrigem. E com isso aprendo mais um pouco E agradeço de coração ao poeta JR pela sua perspicácia observação).

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 03/10/2014
Reeditado em 09/10/2014
Código do texto: T4985505
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