Tocada na ferida
Quisera ser tocada ainda na ferida
Pelas tuas mãos de homem maduro
E ainda choro na tua imensa partida
Querendo sentir esse teu todo duro
Não me deixes sofrer nesse mundo, amor
Sem as tuas carícias e ao pé da tua boca
Não me deixes padecer nesse torpor
Ainda que me suba essa tara tão louca
Ter-te novamente seria a minha fissura
Beber-te na tua foz novamente e senti-lo
A minha agonia é descobrir essa tal cura
Desse meu estremecer ainda dolorido
A minha vontade exacerbada e crescente
Seria o ardente desse teu corpo no meu ventre (?)
NOTA: (O poeta J R (Campinas - SP) confrade desse Recanto, me confidenciou atenciosamente via e-mail que, os meus sonetos são na verdade poesias. E de fato, para se fazer um soneto é difícil. Precisa de métrica e sinceramente eu não sei. Mas esses "sonetos" continuarão nessa categoria porque simplesmente amo. A forma é linda! Então os ledores já sabem que, na verdade, os sonetos que tentei fazer (que pretensão rs) são poesias, viu? Eu gosto quando as pessoas me corrigem. E com isso aprendo mais um pouco E agradeço de coração ao poeta JR pela sua perspicácia observação).