Eterna Apneia

Eterna Apneia

(Soneto)

Na verdade, não tenho sentimento

Similar ao pavor ou ao receio;

Quando penso no sono friorento,

Que um dia irá levar-me do recreio!

Não, nem sequer claudico com seu vento,

Que arrepiar me tenta sem rodeio;

De mim não foi levado meu portento,

Logo, jamais me sinto frágil meio!

Não temo o que verei ao me sumir,

Quando daqui levar a minha ideia,

Pró sonho ou pesadelo que há-de vir!

Em mim… não há temor da eterna apneia,

Do ter do ar suster e de fugir,

Da carne que não serve e só me freia!

André Rodrigues 2/10/2014

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 03/10/2014
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