Sem o teu norte
Sou como a água que corre pelo meu corpo
Em desatinos belos prados onde me deito
E sou-me faca a navalhar-me - e corto -
Antes o que foi líquido hoje não tem leito
E trôpega arranco algumas flores naturais
E enfeito os meus cabelos bem fininhos
Até o encontro desses desalinhos fatais
E aquieto-me mesmo sem um ninho ...
E verto-me em sais e trago-me fundo
E deparo-me em reflexos nesse mundo
Ao que me dás de completo, engulo.
Mas cesso a lágrima que paira lenta
Ao perceber tão profundo corte
É o meu coração sem o teu norte