Eternamente

Por algum tempo, frenético e maldito

Apontei naquele ocaso o pensamento

Que não tive quando aquele dono fito

Todo aquele esplendor do sofrimento.

Sal e erva no peito do desesperado grito

Pisando a custa de muita dor e tormento

No empíreo chamejava o vil infinito

E havia um barulho do funesto vento.

Impiedoso Hades que na dor sentiste!

A esfera da luta de espada armada

Rompendo as carnes do guerreiro.

E sobre ela a silenciosa Hera assiste

Ao desespero de amor d’alma penada

Das lágrimas deste vão companheiro.

HERR DOKTOR

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 23/05/2007
Reeditado em 13/10/2008
Código do texto: T498274
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