MINHA SOMBRA HÁ DE FICAR AQUI !

Na véspera de meus 62 ANOS de ridícula existência (amanhã, 1º de outubro) repriso o poema que fecha a crônica "GÊNIO DESCONHECIDO", com a certeza absoluta de que UM DIA farei sucesso... vivo ou morto!

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SOMBRA ETERNA

I

A ouvir apupo, crítica, vaia

-- entre um ou outro aplauso gentil --

persisto no caminho, só, febril,

até porque jamais "fugí da raia".

I I

Lhes digo: -- "Vão pra ponte que caiu...

invejosos, gente da mesma laia" !

Brilharei, bem antes que o pano caia...

que a Morte -- das cortinas -- "puxe o fio" !

I I I

Para a alegria dos detratores,

para o vil prazer dos difamadores,

"voarão" as notícias que eu morrí !

I V

Parafraseando AUGUSTO DOS ANJOS,

replico aos pulhas mirins e "marmanjos":

-- "A minha sombra há de ficar aqui" ! (*1)

"NATO" AZEVEDO (12/08/2014)

(*1) OBS: repriso verso final de "Debaixo

do Tamarindo", in "Cantos do Brasil", da

Editora SCIPIONE, FNDE - 2003, SP