LIBERDADE!
Ah, deixa-me! Vou longe, nas alturas!
Meu voo é solitário, voo sozinho,
Acima deste mar cheio de espinhos
Imerso em minhas nuvens de loucuras!
Deixa-me decolar desta amargura
Sair desta ilusão que é teu carinho
Dos braços que me ofertas sem ser ninho
Do rosto que me entregas sem ternura...
Ah, deixa-me bater as asas, indo,
Ao fim de todo o mal que me dás, rindo,
A encher o meu olhar de solidão!...
De certo hei de pousar bem longe, infindo,
De ti, deste teu rosto belo, lindo,
Pra nunca mais sofrer meu coração!
Arão Filho
São Luís-MA, 29 de Setembro de 2014.