Minha casa
O meu santuário, minha torre, meu ninho
Da minha casa ouço o sino da Igreja
chamando para missas
Ouço apito do trem
Ouço já de madrugada os primeiros cantos
de aves, continuo antes do sol se erguer
a ouvir pássaros em sinfonia harmônica.
No anoitecer o pio de uma coruja;
O cricrilar dos grilos
As ararinhas e periquitos da tardinha
Os cães da vizinhança e meus, se eriçando
um ou outro uivando.
A chuva nas telhas da coberta de metal
Ventania, mudança de tempo, aguacero
Escorrendo para o correguinho dos fundos
Cachoeira vermelha...
Os bailes no clube ao lado, todas as quintas
O carnaval da avenida aqui vizinha
Carros passando e os alarmes disparando
Meu coração, meu lar, minha segurança, minha.