Panta rei
Nada é para sempre! Isso eu já sabia!
A vida que levava se era pura boemia,
Hoje só é lembrança de uma noite fria,
Pois eu vivo hoje sem ter mais alegria.
Se sei que eu vivia apenas de mentira,
Que como verdade entoava eu na lira,
Porque a vaidade ardia igual uma pira?
Não era novidade que acabaria em ira!
Se pudesse esquecer juro que eu faria,
Tirava o passado todo da minha mira,
E juro que para isso não mais amaria.
Sei que o tempo passa e que tudo gira,
Que a vida, às vezes, é muito sombria,
Mas é viver assim pois a vida é sátira.