A VOZ DO SANGUE

No devir de uma História sem idade

Mostra a experiência do género humano

Que em três seres há um que é tirano

Sempre pronto a usar de iniquidade.

A vil razão odeia a contrariedade

E o instinto corporal conduz ao dano

Na vã cegueira de um crime insano

Que à alma leva as trevas e a maldade.

Há cabeças tiranas repelentes

E há cabeças cortadas inocentes

Numa farsa de um mundo teatral…

E onde é que se escondem os mentores

Deste rio de sangue e de horrores

Escravos da miopia infinital?

Os mentecaptos desta desarmonia,

Estando ébrios da sua tirania,

Negam a voz do sangue e a alheia dor…

Mundo, ó Mundo, até quando o estertor?

Frassino Machado

In JANELAS DA ALMA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 25/09/2014
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