Quase

Eu quase fiz um verso esta manhã;

Por pouco eu não compus uma canção.

Colhi no céu de anil feliz refrão

E ao verso, a poesia em talismã.

Por pouco eu não doei meu coração;

Eu quase te comi numa maçã.

Deixei até um beijo de hortelã

Correr pelos meus lábios vão a vão.

Bem pouco me faltou, mas muito pouco.

Eu quase de um prazer estive louco;

Eu quase do teu corpo estive perto.

Contudo, a solidão que me acompanha

Não me deixou sonhar, porque não sonha.

E me manteve aqui de peito aberto.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 24/09/2014
Reeditado em 24/09/2014
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