AO CAIR DA FOLHA

A minha alma ao cair da folha fica

Mais leve, mais suave e mais liberta

Do vazio que o mal me significa,

Tal e qual a uma ilha já deserta.

O cheiro a outono sempre me radica

Os males desta vida tão incerta,

Como algo que o futuro assim indica

A vinda de um amor de porta aberta...

E a esperança imortal invade o peito

De um jeito que parece tão perfeito,

Fruto dos bons caminhos das escolhas.

E assim respiro o puro ar das plantas,

E refresco o meu corpo em águas santas,

Renascendo ao cair das secas folhas.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 24/09/2014
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