INCOMPLETUDE

A noite é longa, a solidão lancina
Desesperado, imerso em dor pranteio
Por trilhas lúgubres, cruéis vagueio
Em vão procuro te esquecer... Que sina!

Não mais a lua ao fulgurar fascina
Não mais me causa este jardim enleio
Dos rouxinóis o matinal gorjeio
Perdeu dulçor... Não tenho a ti, menina!

O teu perfume nos lençóis tortura
No triste quarto há gelidez, agrura
Reina a saudade neste aflito peito

Confesso estar cada vez mais te amando
Se me trouxeres teu sorriso brando
Alegrarás nosso incompleto leito