AS PALAVRAS INCERTAS
Este soneto nasce simplesmente
Sem eu saber as tais palavras certas
Que darão corpo ao mesmo, infelizmente,
Pois as mesmas em alma estão desertas...
Já que nestas palavras tão abertas
Pouco digo do que a alma tanto sente,
Por isso elas se tornam mais incertas
E mais difíceis para toda gente.
Pois do que aqui escrevo nada sei,
E tudo é inspiração mais que forçada
Que ao fim ao cabo até nem vale nada...
Mas no que escrevo sou um grande rei,
Já somente a sonhar na realidade
Que se mostra em total adversidade.
Ângelo Augusto