AS PALAVRAS INCERTAS

Este soneto nasce simplesmente

Sem eu saber as tais palavras certas

Que darão corpo ao mesmo, infelizmente,

Pois as mesmas em alma estão desertas...

Já que nestas palavras tão abertas

Pouco digo do que a alma tanto sente,

Por isso elas se tornam mais incertas

E mais difíceis para toda gente.

Pois do que aqui escrevo nada sei,

E tudo é inspiração mais que forçada

Que ao fim ao cabo até nem vale nada...

Mas no que escrevo sou um grande rei,

Já somente a sonhar na realidade

Que se mostra em total adversidade.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 24/09/2014
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