EU PEÇO PERDÃO
Aos tristes que mais entristeço
com minha triste poesia real,
eu peço perdão. É que esqueço
da dor quando escrevo o banal.
Aos amantes, que tanto desespero
de desilusões pelos versos crus,
eu peço perdão. Não passo de mero
fantoche, posto entre a lira e a cruz.
Aos felizes que não me esquecem
e me desprezam ao lembrá-los da vida,
eu peço perdão. Os fracos é que tecem
os fios da rude malha do destino
e permitem que achemos a saída.
Neles está o perdão ao meu desatino.
Aos tristes que mais entristeço
com minha triste poesia real,
eu peço perdão. É que esqueço
da dor quando escrevo o banal.
Aos amantes, que tanto desespero
de desilusões pelos versos crus,
eu peço perdão. Não passo de mero
fantoche, posto entre a lira e a cruz.
Aos felizes que não me esquecem
e me desprezam ao lembrá-los da vida,
eu peço perdão. Os fracos é que tecem
os fios da rude malha do destino
e permitem que achemos a saída.
Neles está o perdão ao meu desatino.